domingo, 28 de dezembro de 2025
Bucos nasceu ao lado da Fonte da Vila
Bucos nasceu ao lado da Fonte da Vila
Bucos nasceu ao lado da Fonte da Vila, lugar de água abundante e de vida, que desde cedo atraiu a fixação humana. Foi em torno desta fonte primordial que se ergueram as principais casas rurais, as mais antigas do lugar, marcando o início da aldeia e o seu crescimento ao longo dos séculos.
Junto à Fonte da Vila surgiram as primeiras estruturas comunitárias: ali existiu a primeira venda ou mercado, ponto de encontro e de troca de produtos; ali funcionou a primeira escola primária, onde várias gerações deram os seus primeiros passos no saber; e dali partiram os primeiros padres da freguesia, ligados às casas da Senra e de Entre Curros, que tiveram papel central na vida religiosa e social da comunidade.
Este núcleo inicial estava rodeado pelos principais campos agrícolas, terras férteis trabalhadas com esforço e saber antigo, onde a agricultura sustentou famílias inteiras. Os grandes espigueiros, erguidos com solidez e engenho, guardavam o milho e simbolizavam a abundância das colheitas. As minas de água, abertas com paciência na terra, asseguravam a rega dos campos e davam continuidade à vida agrícola, mesmo nos períodos mais secos.
A importância histórica deste território encontra eco no inquérito eclesiástico de 1283, onde já é referida a existência de várias casas e lugares que marcaram Bucos ao longo do tempo. Entre elas destacam-se a Casa da Pereira, da Senra, do Barreiro, do Coucieiro, do Ruival, da Angustinha, entre outras, testemunhos vivos de uma ocupação antiga, organizada e profundamente ligada à terra.
Assim, Bucos afirma-se como berço das colheitas, da fé, do trabalho e da comunidade. Uma aldeia que nasceu da água, cresceu com o suor dos campos e preserva, ainda hoje, a memória de um passado enraizado na Fonte da Vila e nas casas que lhe deram identidade e continuidade.
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