segunda-feira, 23 de abril de 2018

ECOMUSEU FAMILIAR

"Casa Rural de Sanoane de Cima ou de Bucos" - Ecomuseu Familiar.


Este projecto será "um caminho que se faz caminhando"e no decorrer deste persurso se constituirão os objectvos mais adequados às situações.
No entanto, pensamos que os principais objectivos gerais deste nosso projecto, de criar nesta casa um ECOMUSEU, pautar-se-ão pela valorização do património rural, natural e cultural da região.
Poderemos salientar alguns  objectivos específicos para esta projecto intriscecos à descoberta do meio ambiente rural, natural e do património existente, que serão os seguintes:
1 - preservar os objectos ou materiais antigos existentes nesta casa rural.
2 - organizar um guia, uma exposição deste material para apresentar aos visitantes. 
3 - promover um conjunto de actividades culturais de acordo com as principais actividades produtivas da região.
4 - dinamizar a comunidade da região em redor do ECOMUSEU.
Bucos, 11 - 11- 2011

sexta-feira, 13 de abril de 2018

ABRIL DE LUTO


quarta-feira, 11 de abril de 2018

Concelho de Cabeceiras de Basto - O maior espigueiro



O espigueiro, fica localizado num lugar  da Freguesia de BUCOS, conhecido por Carrazedo, mede 29,40 metros de comprimento e está dividido em 11 quarteirões irregulares (quatro maiores e sete mais pequenos), assenta em 12 pés (singelos) e possui um ripado na vertical e telhado de duas águas com capacidade para 30 carros de milho. Este espigueiro, datado de 1853, possui a inscrição MLA e é ainda considerado um dos maiores de Portugal

terça-feira, 10 de abril de 2018

Bucos - O maior espigueiro




O espigueiro, fica localizado num lugar desta freguesia, conhecido por Carrazedo, mede 29,40 metros de comprimento e está dividido em 11 quarteirões irregulares (quatro maiores e sete mais pequenos), assenta em 12 pés (singelos) e possui um ripado na vertical e telhado de duas águas com capacidade para 30 carros de milho. Este espigueiro, datado de 1853, possui a inscrição MLA e é ainda considerado um dos maiores de Portugal. 

sexta-feira, 6 de abril de 2018

AMARES



Amares é uma bonita vila do Norte do País, sede de concelho, integrada numa zona montanhosa, num bonito vale formado pelos rios Cávado e Homem, de feição maioritariamente rural, famosa pela produção de laranjas e do muito conceituado Vinho Verde.

Os vestígios de ocupação humana da região de Amares são remotos, destacando-se os vestígios de ocupação Romana de uma via que ligava Braga a Astorga, e também os antigos Castros de Lago e de Amares.



Em Amares nasceu Dom Gualdim Pais, Grão-Mestre da Ordem dos Templários, fundador das cidades de Tomar e Pombal.
De facto, o desenvolvimento de Amares foi muito influenciado pelas Ordens Religiosas que se instalaram na região, como a Ordem Beniditina no Mosteiro de Rendufe, no século XI, e a Ordem de Cister que instituiu o Mosteiro de Santa Maria do Bouro no século XII.

Amares apresenta um arquitectura rural simples, típica desta região nortenha, onde casas rurais convivem com casas apalaçadas e solares dos grandes senhores agrícolas, como a Casa da Tapada, entre muitas outras, dispersas entre as muitas pitorescas aldeias rurais do concelho, que merecem uma visita.

Vale a pena conhecer os três importantes mosteiros da região: Santo André de Rendufe (século XI), Nossa Senhora da Abadia(século XVIII) e o de Santa Maria do Bouro que alberga hoje uma admirável Pousada.

As vizinhas Termas de Caldelas são famosas pelas características medicinais das suas águas, sendo exploradas já desde os tempos de ocupação Romana. As suas águas estão indicadas para combater problemas do aparelhos digestivo, circulatório, respiratório, doenças de nutrição, reumatismo, sistema nervoso e dermatoses.

Toda a região reúne as melhores condições para os amantes da natureza que aqui a encontram quase em estado puro, possuindo a região também aprazíveis praias fluviais, perfeitas para a prática das mais variadas actividades de lazer e turismo.


Retirado de Guia da Cidade

CABECEIRAS DE BASTO - CASA DO TEMPO

Casa do Tempo

Casa do Tempo
A Casa do Tempo de Cabeceiras de Basto, sob a marca Conhecer é Lembrar, abriu ao público no dia 2 de agosto de 2013.

Localizada junto ao Mosteiro de S. Miguel de Refojos, esta obra insere-se num projeto ambicioso de qualificação encetado pela Câmara Municipal há uns anos atrás, tendo em vista a regeneração urbana e ambiental do coração da vila cabeceirense, ligando a centenária Praça da República a zonas urbanas novas, criando espaços verdes, tratando as margens da ribeira de Penoutas e recuperando parte destas casas de caseiros.

Esta era uma obra há muito reivindicada pela população e pela própria Câmara Municipal que, após várias negociações e a aquisição de parte das devolutas casas, veio acelerar a requalificação daquela zona, viabilizando assim esta intervenção que representou mais um passo na dignificação e valorização não só do imponente Mosteiro de origem Beneditina, mas também da sua envolvente.

MOSTEIRO DE SÃO MIGUEL DE REFOJOS

Mosteiro de São Miguel de Refojos de Basto

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Mosteiro de São Miguel de Refojos de Basto
Mosteiro de São Miguel de Refojos: Vista lateral
Mosteiro de São Miguel de Refojos de Basto, também referido como Convento de Refóios, localiza-se na freguesia de Refojos de Basto, concelho de Cabeceiras de Bastodistrito de Braga, em Portugal.[1]

História[editar | editar código-fonte]

O primeiro documento relativo ao Mosteiro data de 1122. Pouco mais tarde, em 1131D. Afonso Henriques concedeu carta de couto ao mosteiro.[1]
As obras do atual edifício tiveram início em 1755, sendo acordadas entre o arquiteto bracarense André Soares e o então abade, Frei Francisco de São José. Na fase final das obras registou-se a chegada ao mosteiro de Frei José de Santo António Vilaça, que ali trabalhou de 1764 a 1770.[1]
Com a extinção das ordens religiosas (1834), o Estado alienou o imóvel.
O conjunto da igreja e sacristia encontra-se classificado como Imóvel de Interesse Público desde 31 de Agosto de 1933.[1]

Características[editar | editar código-fonte]

A Igreja do Mosteiro é toda de estilo Barroco. São de realçar as seguintes partes da Igreja:
  • Ala exterior em forma de varandim, tendo ao fundo, em nicho, a imagem de S. Miguel, e onde se celebrava missa campal no dia do padroeiro, S. Miguel, dia 29 de Setembro, em que o povo enchia toda a Alameda do Convento, hoje Praça da República.
  • Figuras demoníacas, máscaras e também conhecidas por carrancas colocadas dos dois lados interiores logo a seguir à entrada da Igreja.
  • Órgão duplo nas duas laterais, sendo um mudo.
  • Dois púlpitos em castanho, pintados, em imitação de mármores e parcialmente dourados (data: 1777/1780). Pintados e dourados em 1786/1789. Gradeamento em pau ébano.
  • Capela do Santíssimo Sacramento em castanho pintado e dourado (data: 1780/1789) – com dois anjos tocheiros de madeira estofada, e o Santo Cristo da Capela do SS. Sacramento em castanho estofado (data: 1783/1786?).
  • Altar-Mor com credencia. Do esplendor da talha são de salientar alguns efeitos especiais, como a orla de “chamas” do pináculo da obra, as fitas de folhas cingindo as molduras convexas e o formoso festão de margaridas e rosas no remate da portada. A Capela do Altar-Mor é em castanho dourado (1764/1767). Dourada em 1780/1783, a Capela e o Altar-Mor foram concebidos por Frei José de Santo António.
  • A Sacristia seiscentista, hoje Núcleo Museológico, possui, além de outros elementos de interesse, um arco inclinado, único nos monumentos do país, quatro espelhos em castanho (1767/1770) e dois contadores da mesma data. Os espelhos foram baseados num modelo inglês.
  • Claustros com elegantes colunas de pedra e ao centro com uma taça também de granito.
  • Zimbório em circunferência e rodeado por uma varanda interior e exterior e tendo ainda as esbeltas estátuas dos doze apóstolos, em tamanho natural e no remate, a do arcanjo São Miguel, rodeada por outra varanda. Dos 29 mosteiros Beneditinos existentes em Portugal, é o único que possui um zimbório.
  • As cadeiras do Coro são em castanho (1767/1770) do qual consta o cadeiral, as sanefas e as portas das portadas, assim como, três sanefas dos janelões. O grande cadeiral foi composto em dois andares com 45 assentos em forma de U com cadeira do D. Abade no centro, segundo a tradição beneditina.
  • A igreja possui ainda uma mísula com a imagem de S. Miguel Arcanjo (data: 1767/1770).

CABECEIRAS DE BASTO

Cabeceiras de Basto

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Cabeceiras de Basto
Brasão de Cabeceiras de BastoBandeira de Cabeceiras de Basto
Localização de Cabeceiras de Basto
GentílicoCabeceirense
Área241,82 km²
População16 064 hab. (2016)
Densidade populacional66,4  hab./km²
N.º de freguesias12
Presidente da
câmara municipal
Francisco Alves (PS)
Fundação do município
(ou foral)
1514
Região (NUTS II)Norte
Sub-região (NUTS III)Ave
DistritoBraga
ProvínciaMinho
OragoSão Miguel[1]
Feriado municipal29 de setembro (S. Miguel)
Código postal4860
Municípios de Portugal Flag of Portugal.svg
Cabeceiras de Basto é uma vila portuguesa no Distrito de Bragaregião Norte e sub-região do Ave, com cerca de 4 600 habitantes.
É sede de um município com 241,82 km² de área[2] e 16064 habitantes (2016[3]), subdividido em 12 freguesias.[4] O município é limitado a norte por Montalegre, a nordeste por Boticas, a leste por Ribeira de Pena, a sudeste por Mondim de Basto, a sul por Celorico de Basto, a oeste por Fafe e a noroeste por Vieira do Minho.

TERRAS DE BOURO



O concelho de Terras de Bouro, situado em pleno coração do Parque Nacional da Peneda-Gerês e percorrido pelas bacias do Cávado e Homem, é riquíssimo em história, tradições e paisagens deslumbrantes.

A fauna e a flora variadas, os recursos termais, hidrológicos, a oferta de condições naturais e artificiais para a prática de desportos de montanha e náuticos, fazem de Terras de Bouro uma região de procura turística por excelência.

Associadas a estas potencialidades encontramos instituições e infraestruturas que tornam este território de montanha bem conhecido, com referência no país e no mundo, a saber pelo santuário do S. Bento da Porta Aberta com as suas romarias, o Museu Etnográfico de Vilarinho das Furnas, as termas e a serra do Gerês como ponto nevrálgico e emblemático do Parque Nacional, as albufeiras da Caniçada e de Vilarinho das Furnas, a via Romana XVIII (Geira), que ligava Bracara Augusta a Astorga com o conjunto de miliários epigrafados e sua história multissecular, a fronteira da Portela do Homem e o relacionamento ancestral com os povos da Galiza, o Centro de Artesanato de Covide e de Brufe, o Centro Náutico de Rio Caldo, a Água do Fastio, o turismo no espaço rural, os miradouros e as cascatas na serra do Gerês.

Para acolhimento, Terras de Bouro oferece dezenas de unidades hoteleiras, Pousada da Juventude, Parques de Campismo e modalidades de alojamento de turismo rural, que constituem as mais valias das nossas aldeias, revitalizadas no âmbito do programa de iniciativa Leader.

Em toda a região, na sua vasta rede de restaurantes, pensões e hotéis, podemos apreciar a gastronomia minhota e a genuinidade dos pratos da terra, tão exaltados no X Congresso de Gastronomia do Minho (1999), destacando-se o “Cozido de Feijão com Couves” e os “pastéis de Santa Eufémia”, cujos produtos agro-alimentares e artesanais, encontram-se no Centro de Promoção de Produtos Regionais, sito em Covide.

A acrescentar a estas potencialidades há a oferta de um conjunto de actividades de animação, como a rede de trilhos pedestres “Na senda de Miguel Torga” implementada pela autarquia, bem como outras modalidades de turismo activo e de aventura promovidas pelas empresas de Animação Turística, sedeadas no território concelhio. Mas, há muito mais para oferecer aos visitantes e turistas que, ao entrar na região, quer seja pelas pontes de Rio Caldo, por Caldelas ou até pela Portela do Homem, vindo de Ourense (Espanha) e Ponte da Barca, serão bem recebidos com apreciáveis paisagens naturais e culturais.

(...) O concelho de Terras de Bouro aparece-nos profundamente dividido em dois grandes conjuntos, de base geográfica; (...) Um primeiro conjunto é integrado pelas freguesias da serra, profundamente marcado pelo arcaísmo dos seus modos de vida e cultura; o segundo das freguesias de meia encosta, ou Ribeira, mais ricas e de agricultura mais variada, com outras disponibilidades e aberturas culturais" refere Viriato Capela, sobre o concelho de Terras de Bouro.

No percurso histórico, especificamente no período da denominação romana, Terras de Bouro guarda um espólio de valor reconhecido, a nível nacional e internacional, incidindo na Via Nova XVIII – Geira Romana – que ligava a capital da Província de Bracara Augusta – Braga – a Astorga – Espanha. A partir do século V, Norte de Portugal foi tomado por vários povos, desde os Suevos, os Visigodos e os Muçulmanos. Um dos mais notáveis padrões desse acontecimento, enquadrando-se no século V, é Bouro ou Boyro, na linguagem popular, designação territorial que ficou solidamente vinculada a uma vasta região que dá pelo nome de Terras de Bouro. O acto heróico dos Búrios farão parte integrante da génese desta região, que da sua ocupação e permanência, durante épocas, deixaram de herança a nomeação toponímica, por serem as terras dos Búrios, com a evolução linguística originou Terras de Bouro.

Na época medieval, as comunidades de Terras de Bouro beneficiaram da Carta de privilégio de D. Dinis, que patenteava um contrato oneroso, revelando uma singular importância política na administração territorial portuguesa.

Esta Terra de Boyro que D. Manuel consagrou atribuindo-lhe o Foral em 1514, revela ser uma região com um povo determinado e de luta na conquista territorial.

Actualmente, este legado histórico, ainda está presente no ordenamento territorial, nas tradições e na identidade cultural de Terras de Bouro.


Retirado de Câmara Municipal de Terras de Bouro

VIEIRA DO MINHO








Vieira do Minho localiza-se num local com uma paisagem privilegiada, bem no coração do Minho, como o próprio nome indica.

Vila Portuguesa, sede do Município mais montanhoso do Distrito de Braga, é caracterizada pelas maravilhosas serras que a rodeiam: a Serra do Gerês e a da Cabreira.

A região apresenta inúmeros vestígios arqueológicos, símbolos de presenças humanas bem antigas que escolheram esta zona de idílica beleza natural, árida e de férteis terrenos.

De carácter notoriamente agrícola, ocupando parte do Parque Nacional da Peneda-Gerês a região de Vieira do Minho tem na sua paisagem e na tradição do seu povo o seu grande encanto. Diversas unidades de turismo rural e de habitação e organização das mais variadas actividades de ar livre aqui têm lugar, e quem aqui vem, decerto promete voltar.

A gastronomia marcadamente Minhota faz as delicias dos seus visitantes, desde a tradicional vitela barrosã, ao cabrito, aos muitos pratos de bacalhau, ao famoso cozido à portuguesa, aos rojões e papas de sarrabulho, ou ao queijo e mel de qualidade.

Na região existem quatro barragens: a barragem do Ermal, a da Caniçada, a de Salamonde e a de Venda Nova.

Retirado de Guia da Cidade

GUIMARÃES




Guimarães, cidade histórica de origem medieval, sede de município, tem as suas raízes no século X, e é conhecida por “Berço da Nação” ou “Cidade Berço”, pelo seu papel crucial na formação de Portugal, por aqui ter sido estabelecido o centro administrativo do Condado Portucalense por D. Henrique e pelo facto do seu filho, D. Afonso Henriques, o primeiro Rei Português, aqui poder ter nascido.

O seu Centro Histórico está classificado como Património da Humanidade pela UNESCO, e é um dos centros medievais mais bem preservados do País, onde o tempo parece realmente ter dado tréguas e magicamente parado.

Mas muito mais há para conhecer em Guimarães, como a Colina Sagrada, coroada com o Castelo de Guimarães, o maravilhoso Paço dos Duques de Bragança (século XV), o mosteiro e igreja de Nossa Senhora da Oliveira (com o museu Alberto Sampaio), o Gótico Padrão do Salado, do século XIV, ou a elegante igreja de São Francisco, com os seus deslumbrantes azulejos do século XVIII, as Igrejas da Misericórdia e de São Pedro ou o Palácio e Centro Cultural Vila Flor, do século XVI e recentemente restaurado, ou o antigo Mosteiro de Santa Marinha da Costa, do século XII, uma das mais sumptuosas pousadas do país, com os jardins e capela abertos ao público... Guimarães e os seus arredores tem tantos outros pontos de interesse a oferecer a todos os que a visitam, muitos deles dotados de Visitas em áudio, para uma melhor percepção do que se visita.

A não perder, igualmente, é a viagem de teleférico numa extensão de 1,7 km para subir à Montanha e Santuário de Nossa Senhora da Penha, a 400 metros, um dos mais impressivos panoramas do Norte de Portugal.

Guimarães, como importante Pólo Turístico, oferece igualmente uma forte e diversificada oferta gastronómica e de Restauração, bem como uma oferta hoteleira de grande qualidade.

Retirado de Guia da Cidade

BRAGA - SÉ CATEDRAL DE BRAGA

Sé Catedral de Braga


Segundo a tradição, a diocese bracarense foi criada no século III; mas a História só a confirma a partir do ano de 400. O actual edifício está implantado sobre uma outra construção religiosa que, possivelmente, foi a anterior catedral.
Foi com o bispo D. Pedro (1070-1093) que se iniciou a obra da actual Sé. Depois dele quase todos os seus sucessores quiseram deixar a sua marca, fosse em pequenas alterações ou em obras de vulto. O Cabido, a quem pertencia o governo da Catedral, também imitou os arcebispos nos períodos em que se verificou Sé vacante. É por essa razão que do primitivo edifício pouco mais nos resta do que a implantação e o projecto geral, além de alguns curiosos pormenores decorativos, como as duas arquivoltas da primitiva porta principal românica, lavrados com cenas da gesta medieval da Canção da Raposa.
Apresentando duas torres na fachada, o que a aproxima das grandes catedrais do românico português, foi, com o correr dos séculos, muito modificada: uma galilé de finais do século XV, fechada no século XVIII pela belíssima grade de ferro que o arcebispo D. Diogo de Sousa (1505-1532) fizera para proteger a capela-mor; e, ainda na frontaria, a grande pedra de armas do arcebispo D. Rodrigo de Moura Teles (1704-1728), a edícula e o coroamento das torres, colocados no primeiro quartel de Setecentos.
O interior, de três naves, transepto e cabeceira com cinco capelas, é profundamente austero. No período barroco abriram-se grandes janelas, transformaram-se os altares, cobriram-se de estuques e pinturas todas as paredes; a Sé tornou-se uma festa, um apelo aos sentidos. E assim se manteve até meados do século XX quando as obras realizadas pela Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais, nas décadas de 30 e 50, restituíram o suposto prospecto medieval do templo, segundo os critérios de restauro então em voga. Excepto a capela-mor, todas as capelas da cabeceira mantiveram as alterações de arquitectura e retábulos que tinham recebido no século XVIII.
No subsolo da capela-mor conservam-se ainda vestígios arqueológicos do primitivo templo paleocristão e altomedieval. Em 1509, D. Diogo de Sousa patrocinou a construção de uma nova cabeceira, traçada pelo arquitecto João de Castilho, que ali deixou um original testemunho da arquitectura do tardo-gótico nacional, bem visível na sua belíssima abóbada de combados. Ao arcebispo ficou igualmente a dever-se um perdido retábulo de pedra e o frontal do altar, tendo sabido conservar a magnífica imagem francesa de Santa Maria de Braga, do século XIV.
O desenho das Capelas do transepto foi influenciado pelo da sacristia, tendo sido, todas elas, alteradas nos inícios do século XVIII pelo mestre pedreiro Manuel Fernandes da Silva. Deve salientar-se o revestimento azulejar da capela de São Pedro de Rates, pintado em 1715 por António de Oliveira Bernardes, com representações de cenas da vida do santo, e a finíssima talha neoclássica da Capela do Santíssimo Sacramento, bem como o seu magnífico frontal, entalhado em 1718 pelo mestre Miguel Coelho e inspirado num quadro de Rubens, o Triunfo da Igreja.
A sacristia, riscada pelo arquitecto régio João Antunes, em 1698, foi executada pelos pedreiros Pascoal Fernandes e seu filho Manuel Fernandes da Silva. A sua arquitectura foi de uma intensa novidade para a Braga daquele tempo, mas a cidade não soube continuar nessa senda, voltando facilmente para os velhos valores maneiristas.
No coro alto o cadeiral e os órgãos, de talha dourada, são obras excepcionais de concepção e execução. O cadeiral (1737) é devido ao entalhador e arquitecto portuense Miguel Francisco da Silva. As caixas dos dois órgãos (1737-1739) foram entalhadas e esculpidas por Marceliano de Araújo numa incrível profusão dos elementos mais característicos da talha joanina, abundando as figuras esculturadas, sátiros e golfinhos. A parte mecânica ficou a dever-se ao mestre organeiro galego Frei Simão Fontanes. Todo o conjunto é dominado pelos Esponsais da Virgem, composição fresquista pintada na mesma campanha de obras por Manuel Furtado de Mendonça.
O claustro data dos inícios do século XIX; está no lugar de um outro, gótico, que ameaçava ruína em finais de Setecentos. Estabelece ligação com o Tesouro da Sé e com as Capelas de D. Lourenço Vicente, do nome do arcebispo que a reconstruiu – também conhecida por Capela dos Reis – e de Nossa Senhora da Piedade. Na primeira, de estilo gótico, além do túmulo do arcebispo, guardam-se os túmulos dos condes D. Henrique e D. Teresa.
Na Capela de Nossa Senhora da Piedade, fundada por D. Diogo de Sousa em 1513, guarda-se o túmulo do prelado, obra de artista coimbrão desconhecido, talvez o mesmo que lavrou os túmulos dos pais de D. Afonso Henriques, dispostos na capela anterior. A imagem original da Senhora do Leite, obra de outro artista coimbrão, o desconhecido Mestre dos Túmulos Reais, está agora aqui recolhida. E merecem ainda atenção alguns dos retábulos, como o de Nossa Senhora da Boa Memória, em estilo rococó.
Junto à porta lateral que dá para a Rua do Souto localiza-se o Claustro de Santo Amaro, onde subsiste um absidíolo, talvez pertencente ao projecto original da Sé, cuja abóbada está coberta por uma pintura dos finais do século XV.
Outras duas capelas, de implantação autónoma, fazem ainda parte do conjunto monumental. A Capela de São Geraldo foi inicialmente construída no século XII. Sofreu as mais variadas alterações, sobretudo no período barroco, tendo sido a sua fachada totalmente refeita durante a grande campanha de restauro dos anos 40. O espaço interior, remodelado pelo arcebispo D. Rodrigo de Moura Teles, que aqui colocou o seu túmulo, tem as paredes recobertas de azulejos, atribuíveis a António de Oliveira Bernardes.
A Capela da Glória é obra do arcebispo D. Gonçalo Pereira (1236-1248). As paredes laterais ostentam uma decoração geométrica organizada em enormes quadrados, sem dúvida um dos mais antigos testemunhos de pintura a fresco, subsistentes entre nós. O túmulo do arcebispo, aqui colocado, foi contratado, em 1334, pelo coimbrão Mestre Pero e pelo lisboeta Telo Garcia.
Ao lado da Catedral, com acesso a partir do claustro, encontra-se o Tesouro da Sé, criado em 25 de Março de 1930, o qual recolhe múltiplas peças reunidas ao longo dos tempos.

BRAGA





Braga é uma cidade, sede de concelho e distrito, das mais antigas e bonitas de Portugal, sendo igualmente uma das cidades cristãs mais antigas de todo o mundo, e um dos mais importantes centros religiosos do País.

Baptizada pelos Romanos de Bracara Augusta, sendo na altura a maior cidade em território hoje Português, é igualmente conhecida hoje em dia pela “Cidade dos Arcebispos” ou mesmo pela “Roma Portuguesa”. Património Religioso no virar de cada esquina, nas ruas históricas de Braga testemunha-se o fervor religioso ao longo dos séculos, traduzido em bonitos monumentos que tanto a enriquecem, com destaque para a Sé de Braga, a mais antiga do País.

Braga foi igualmente apelidada de “Cidade Barroca” pela sua riqueza patrimonial, de tantos edifícios decorados no século XVIII, que a transformaram num dos mais importantes pólos artísticos do País na época.

A não perder são os Santuários que circundam a cidade e a povoam de fiéis e peregrinos. São eles O Santuário do Bom Jesus, do Sameiro e da Falperra, visitas obrigatórias nesta região Bracarense.

Belos e elaborados jardins, elegantes casas senhoriais e palacetes e todo este legado barroco conferem a Braga uma imagem única, característica da região Minhota. O Verde governa a paisagem circundante, com o Parque Nacional da Peneda-Gerês mesmo no seu encalce.

Braga é igualmente considerada uma das cidades com maior indíce de população jovem do País, conferindo-lhe uma animação muito própria e única, ao que muito ajudam as Universidades aqui existentes.

Um Património estimado e preservado, um orgulho muito próprio na sua grandiosa história, todo um fervor eclesiástico, variedade de Museus, grande oferta hoteleira e de restauração, lojas inovadoras, uma variada e tradicional gastronomia minhota e um espírito juvenil conferem a Braga uma ambiência única, decorada pelo bonito verde das serras Minhotas.

Retirado de Guia da Cidade