quarta-feira, 26 de novembro de 2025

Homenagem ao Professor Fernando Braz

Discurso de Homenagem ao Professor Fernando Braz Mestre, Autarca e Homem da Terra Senhoras e Senhores, Familiares, amigos, comunidade de Cabeceiras de Basto e de Bucos em especial, É com profundo orgulho, respeito e gratidão que hoje nos reunimos para prestar homenagem ao Professor Fernando Braz, figura ímpar da nossa terra, exemplo de dedicação, de serviço público e de amor genuíno às suas raízes. Celebrar hoje o Professor Fernando Braz é reconhecer uma vida inteira de entrega. Entrega à educação, onde formou gerações; Entrega à comunidade, que serviu com responsabilidade e sentido de missão; E entrega à terra, que sempre o acompanhou, que o viu nascer, crescer e se afirmar como um dos seus mais fiéis guardiões. Durante muitos anos, o Professor Fernando Braz foi uma referência no Ensino Fundamental, no concelho de Cabeceiras de Basto. Na sala de aula, levou muito mais do que livros e cadernos: levou paciência, valores, humanidade e a certeza de que cada criança podia ir mais longe. Quem passou pelas suas mãos recorda-o como mestre tranquilo, dedicado, rigoroso e sempre disposto a ouvir, a orientar e a ensinar. Mas a sua ação não se ficou pelas paredes da escola. Com a mesma determinação que colocava no ensino, assumiu a responsabilidade de Presidente da Junta de Freguesia de Bucos, cargo que desempenhou durante 12 anos, ao longo de três mandatos consecutivos, de 1996 a 2008. Nesses anos, colocou o bem-estar da comunidade sempre em primeiro lugar. Trabalhou de forma próxima, simples e honesta, defendendo Bucos com o coração e com o sentido de dever que sempre o caracterizou. E apesar das responsabilidades profissionais e autárquicas, nunca deixou de ser aquilo que sempre foi: um Homem da Terra. Entre reuniões e atividades escolares, continuou fiel à agricultura familiar, ao cuidado dos campos, às tradições que moldam a identidade de Bucos. Porque para o Professor Fernando Braz, a terra não era apenas sustento — era ligação, era vida, era continuidade. Hoje, ao prestarmos esta homenagem, reconhecemos um mestre que ensinou, um autarca que serviu, e um homem da terra que honrou a sua origem. Reconhecemos alguém que contribuiu para o crescimento das pessoas e para o desenvolvimento da freguesia, sempre com humildade, seriedade e um profundo sentido de responsabilidade. Que este momento simbolize o agradecimento de todos nós. Que a sua história inspire as novas gerações. E que a sua dedicação nunca seja esquecida. Professor Fernando Braz, em nome de todos os que aqui estão — e de todos os que foram tocados pelo seu exemplo — muito obrigado pelo que fez, pelo que deu e pelo que continua a representar para Cabeceiras e para Bucos. Bem-haja.

segunda-feira, 24 de novembro de 2025

Homenagem ao Sr. Padre Avelino Vilela

Pela Casa de Sanoane de Cima No segundo domingo de agosto de 1973, dia de festa em honra de Nossa Senhora do Alívio, chegou a Bucos o então jovem sacerdote Padre Avelino Vilela, chamado a assumir a missão de pároco desta comunidade serrana. O destino quis que os primeiros rostos que encontrou fossem os de Maria Luísa Gonçalves da Casa de Sanoane de Cima e sua prima Deolinda Gonçalves, junto da capelinha da Senhora dos Caminhos, lugar simbólico para quem iniciava uma nova rota de fé. Na tarde desse mesmo dia, realizou-se uma procissão solene pelas ruas e lugares de Bucos, já acompanhada pelo novo pároco. Foi o primeiro gesto público do seu ministério entre nós — um caminhar lado a lado com o povo que passaria a servir com dedicação, humildade e constância. Desde então, o Padre Avelino Vilela marcou a vida religiosa, social e humana da freguesia de Bucos. Durante décadas, celebrou sacramentos, acompanhou famílias, acolheu alegrias e dores, guiou gerações e manteve viva a chama da fé em tempos de mudança e desafios. O seu trabalho discreto, firme e fiel tornou-se parte da identidade da comunidade. Por volta do ano 2000, foi-lhe confiada também a paróquia vizinha de São Nicolau, em Cabeceiras de Basto, tarefa que assumiu com o mesmo espírito de serviço, passando a repartir o seu tempo, o seu esforço e o seu coração entre as duas comunidades. Além do zelo pastoral, o Padre Avelino dedicou grande parte da sua vida ao ensino. Foi professor de Moral no Colégio Dr. Joaquim Santos, do Arcebispado de Braga, em Refojos de Basto, e simultaneamente no Ciclo Preparatório da Escola EB 2,3 de Cabeceiras de Basto. Pelas suas aulas passaram incontáveis jovens que nele encontraram não apenas um professor, mas um educador, um orientador e um exemplo. Hoje, tantos anos depois daquele dia luminoso de 1973, Bucos e São Nicolau reconhecem o valor de uma vida inteira oferecida ao serviço dos outros. O Padre Avelino Vilela permanece entre nós como testemunho de entrega, perseverança e fé vivida no quotidiano, sempre com simplicidade e proximidade. Que esta homenagem seja expressão de gratidão profunda por tudo o que tem feito — e continua a fazer — pelas nossas comunidades. Bem-haja, Sr. Padre Avelino.

Os Moinhos de Bucos

Os Moinhos de Bucos: Guardiães da Água e da Memória Em Bucos, aldeia de montanha moldada por vales estreitos e pela força tranquila do rio Peio, os moinhos de água ergueram-se durante séculos como verdadeiras máquinas da sobrevivência rural. Mais do que simples engenhos, eram centros de encontro, trabalho e partilha — lugares onde a água, a pedra e o esforço humano se misturavam para dar vida ao pão de cada dia. Os moinhos de água funcionam aproveitando a força da corrente. A água é desviada do rio através de levadas e açudes, conduzida com precisão até às rodas que, ao girar, transmitem movimento ao eixo mestre. Este movimento chega às mós — grandes pedras circulares que transformam o milho e o centeio em farinha fina, base da broa que sempre perfumou as cozinhas de Bucos. Era uma engenharia simples, mas engenhosa, criada para trabalhar em harmonia com a natureza. No curso do rio Peio, encontram-se alguns dos mais emblemáticos moinhos da freguesia, cada qual ligado a uma casa e a uma família que os mantiveram ativos ao longo de gerações. Entre eles destacam-se os moinhos da Casa do Serra, da Casa da Senra, da Casa de José, da Casa de Sanoane de Cima e da Casa da Pereira. Alguns ainda conservam a estrutura original; outros guardam apenas as ruínas que recordam tempos de intensa atividade agrícola. Mas todos, sem exceção, contam histórias de vida: de madrugadas frias, de sacas de milho ao ombro, do som cadenciado das mós, do cheiro a farinha quente e do convívio entre vizinhos. Assim, os moinhos de Bucos não são apenas peças de arqueologia rural. São testemunhos vivos de uma cultura de trabalho comunitário, da adaptação humana ao território e da profunda ligação entre a aldeia e o seu rio. À medida que o tempo passa, continuam a ecoar — na paisagem, na memória e no orgulho de quem os viu, os usou ou apenas os guarda como parte da sua identidade.

Poema canção a Bucos

🎵 “Bucos, Terra Onde o Tempo Encanta” (letra) (Verso 1) No sopé da Cabreira começa o amanhecer, Bucos acorda devagar, como quem sabe viver. A igreja ergue-se firme, guardiã da devoção, E no cruzeiro de Sanoane reza o vento em oração. (Refrão) Ó Bucos da minha alma, terra antiga, chão sem fim, Rio Peio que me leva, mas traz sempre de volta a mim. Da ponte da Pereira vejo a vida a refletir, E em Vila Boa, Carrazedo e Casares volto sempre a sorrir. (Verso 2) Pelos trilhos da montanha há segredos a contar, Pastores, rezas e histórias que o povo aprendeu a cantar. O Peio corre ligeiro por entre rochas do destino, É o sangue desta terra, é memória em cada moinho. (Refrão) Ó Bucos da minha alma, terra antiga, chão sem fim, Rio Peio que me leva, mas traz sempre de volta a mim. Da ponte da Pereira vejo a vida a refletir, E em Vila Boa, Carrazedo e Casares volto sempre a sorrir. (Ponte) Quando a noite cai serena e o silêncio faz crescer, A Cabreira veste estrelas, como manto a proteger. E quem parte leva dentro um chamamento natural: Bucos prende pela alma, como amor ancestral. (Refrão Final) Ó Bucos da minha alma, meu destino é por aqui, Nos caminhos da Pereira, fui criança, sou raiz. Do cruzeiro ao rio velho, tudo canta a mesma luz, Vila Boa, Carrazedo e Casares — Onde a saudade me conduz.

domingo, 23 de novembro de 2025

Bucos - Poema Custódio Braz da Casa da Pereira

Poema – Custódio da Casa da Pereira Na sombra antiga da serra, onde Bucos guarda o vento, nasceu Custódio Braz, sereno, filho de maio e do tempo. Da Casa velha da Pereira veio à luz a sua história, entre doze irmãos calados que a saudade fez memória. Tão frágil era o seu fado, tão temida a madrugada, que o baptizaram ainda no ventre da mãe guardado, junto à Ponte da Pereira, onde o rio canta a estrada. Cresceu menino dos montes, dos matos, da serra ao céu, na escola de Paulo Casalta foi talento que floresceu. Aluno forte, brilhante, com o futuro no papel. Depois, a vida chamou-o ao labor da terra quente: arou sonhos, colheu manhãs, ergueu gado resistente. Barrosão, firme e honrado, como ele — sombra presente. Casou com Ana de Urjais, luz mansa no seu caminho. Na Casa da Pereira juntos ergueram lar, pão e ninho. Seis filhos foram brotando como seivas de um só pinho: Mara, Manuel, Albano, José, Fernando e Alda — carinho. Homem quieto, homem de força, das mãos duras, coração terno, levou a vida devagar, como quem sabe o que é eterno. Porque eterno é quem semeia no mundo um gesto fraterno. E hoje, em cada pedra antiga, em cada passo da aldeia, há um eco do seu trabalho, da sua alma que se leia. Custódio Braz permanece — raiz firme da Casa da Pereira.

Homenagem a Custódio Braz (1920 a 1980 - Filho da Casa da Pereira, Bucos)

Homenagem a Custódio Braz (1920 – Filho da Casa da Pereira, Bucos) Nas terras altas de Bucos, onde o vento traz histórias antigas e o rio Peio murmura memórias, nasceu em maio de 1920 um homem cuja vida deixaria marca profunda na aldeia: Custódio Braz, da Casa da Pereira. Cresceu entre montes, campos e tradições, numa família numerosa e marcada pela dureza dos tempos. Era um de doze irmãos, muitos deles partidos cedo demais — tanto que o pequeno Custódio foi batizado ainda na barriga da mãe, Maria, num acto de fé realizado junto à Ponte da Pereira, onde a vida e a esperança se encontravam nas margens do rio Peio. Foi aluno da escola primária de Bucos, onde o professor Paulo Casalta rapidamente reconheceu o seu talento: Custódio era um aluno brilhante, dedicado, curioso e disciplinado, atributos que levaria consigo para toda a vida. Ligado profundamente às raízes da terra, seguiu o caminho dos que conhecem o valor do sol, da chuva e das estações. Tornou-se agricultor e criador de gado barrosão, guardião de uma raça que representa a força e a identidade do Minho e da Serra da Cabreira. O seu trabalho era um testemunho silencioso de resistência, amor à terra e dignidade. Casou com Ana, de Urjais, e juntos construíram um lar na mesma Casa da Pereira que o viu nascer. Deste amor nasceram seis filhos: Maria, Manuel, Albano, José, Fernando e Alda, que carregam consigo o legado do pai — o valor da simplicidade, a força do trabalho e a nobreza de caráter. Custódio Braz pertence àqueles homens que não precisam de monumentos para serem lembrados. A sua memória está nas terras que lavrou, nas pedras da casa onde viveu, na ponte onde foi abençoado antes mesmo de nascer, e sobretudo nas vidas que tocou com a sua bondade serena. Foi um homem da terra, da família e da fé — e é assim, com respeito e gratidão, que Bucos e os seus descendentes lhe prestam homenagem: a Custódio Braz, homem de coragem, de silêncio firme e de coração cheio.

Igreja de São João Batista de Bucos

Um templo nascido das raízes da aldeia, por Manuel Braz A história da Igreja de São João Batista de Bucos é inseparável da própria memória da aldeia. O seu berço esteve numa pequena capela pertencente à Casa de Sanhoane, onde, em tempos remotos, os habitantes se reuniam em devoção simples e profunda. Naquele período, Bucos encontrava-se ainda sob a jurisdição da antiga paróquia de São Nicolau, e era o pároco dessa freguesia quem subia até à capela para celebrar missa, aproximando a liturgia da comunidade local. Por volta de 1775, a capela de Sanhoane foi ampliada para acolher a crescente vida religiosa da aldeia. Nascia então a Igreja de São João Batista de Bucos, que preservou a alma do templo original e recebeu nova imponência. Ao entrar, percebe-se claramente a divisão entre os dois tempos da construção. A antiga capela, de chão em robusta pedra granítica, acolhe o altar-mor e quatro altares laterais, testemunhos de fé ancestral. Já o acréscimo posterior apresenta uma elegante abóbada de madeira, de forma arredondada, decorada com uma pintura de São João Batista envolta em traços dourados que iluminam o interior com suavidade. O pavimento desta nova área prolonga o granito inicial, mas abre também espaço para o aconchego da madeira, marcando a transição entre os dois corpos da igreja. No exterior, um conjunto de escadas de pedra conduz ao coro alto, inteiramente em madeira, de onde a música litúrgica outrora ecoava por todo o vale. Deste ponto elevado acede-se também ao púlpito, situado ao centro do templo, lugar de palavra, orientação e encontro. Hoje, a Igreja de São João Batista de Bucos permanece como um símbolo maior da identidade local — um templo que cresceu com a aldeia, guardando séculos de devoção, arquitetura tradicional e memória comunitária.

HISTÓRIA DA IGREJA DE BUCOS.

A História da Igreja de São João Batista de Bucos, Por Manuel Braz Diz-se em Bucos que cada pedra guarda uma memória, que a fé da aldeia se levantou devagarinho, ao ritmo das gerações. A Igreja de São João Batista de Bucos é um desses lugares onde o passado ainda respira. Da pequena capela à casa de oração da aldeia Tudo começou com uma modesta capela pertencente à Casa de Sanhoane, um dos solares que marcaram a vida da freguesia. Naqueles tempos, Bucos não era ainda paróquia própria: pertencia a S. Nicolau, e era de lá que vinham os cuidados espirituais. Conta-se que o pároco de S. Nicolau, percebendo a distância e as necessidades do povo, começou a celebrar missa na capelinha de Sanhoane, assim aproximando a fé às casas, aos campos e ao quotidiano de Bucos. O grande passo de 1775 Com o tempo, a capela tornou-se pequena para o número crescente de fiéis. Assim, por volta de 1775, decidiu-se ampliar o espaço. A antiga capela foi mantida, mas ganhou corpo, ganhou altura e ganhou voz: nascia assim a Igreja de São João Batista de Bucos, dedicada ao Santo que desde então acompanha a aldeia. O interior que guarda duas épocas Entrando na igreja, nota-se logo que duas épocas convivem lado a lado: A parte antiga, a capela original, ainda com o seu chão de pedra granítica, fria, resistente, testemunha do trabalho dos antigos pedreiros de Bucos. A parte ampliada, com uma estrutura mais larga e luminosa, marcada por uma abóbada de madeira em forma arredondada. Essa abóbada foi cuidadosamente pintada com a figura de São João Batista, ladeada por folhas douradas que brilham quando o sol entra pelas janelas. O chão da nova zona ficou dividido como quem respeita a transição: primeiro a pedra que vem da capela; depois a madeira, aconchegando o restante espaço da nave. Altares e devoções Além do altar-mor dedicado ao padroeiro, quem ali entra encontra ainda quatro altares laterais, cada um com a sua história, as suas imagens, e as devoções que foram marcando gerações de famílias da freguesia. O coro e o púlpito Lá fora, do lado da fachada, vemos as escadas exteriores que sobem até ao coro alto, inteiramente em madeira, de onde antigamente ecoavam os cânticos, as rezas misturadas com o som das concertinas nas festas maiores. Do coro, avista-se bem o púlpito oratório, colocado ao centro da igreja, lugar de palavra e orientação. Quantos sermões, quantas festas, quantos casamentos e batizados passaram por ali… Uma Igreja que é memória viva Hoje, a Igreja de São João Batista não é apenas um edifício — é uma síntese da história de Bucos, da devoção do seu povo e da ligação à antiga Casa de Sanhoane, que lhe deu origem e nome. Quem entra naquela porta sente que está a pisar séculos de vida, de fé e de comunidade. É um daqueles lugares que nos abraçam de forma simples… como Bucos sabe fazer tão bem.

Ao LOU

🎵 “Lou do Porto, rapaz de ouro” (Estilo minhoto – cavaquinho e braguesa) I Lá no Porto nasceu um dia, O Lourenço a despontar, Filho da Elisa e do Daniel, Um rapaz para admirar. Tem o avô Manuel sorrindo, E a avó Lurdes a cuidar, Tia-avó Luísa e os tios juntos, São família pra abraçar. Refrão Ó Lou, rapaz de ouro, Do dragão és coração, Corre no campo com garra, Traz o Porto na paixão. Do Gens até ao Gondomar, Sub-17 a brilhar, Com cavaquinho e braguesa, Toda a aldeia vai cantar! II Começou no Gens miudinho, A fintar sem hesitar, Agora no Gondomar cresce, Sempre pronto a batalhar. É bom aluno na escola, E nos treinos tem valor, Quem o vê jogar garante: “Nasce aqui um vencedor!” Refrão Ó Lou, rapaz de ouro, Do dragão és coração, Corre no campo com garra, Traz o Porto na paixão. Do Gens até ao Gondomar, Sub-17 a brilhar, Com cavaquinho e braguesa, Toda a aldeia vai cantar! Ponte Entre concertinas e trovas, Entre sonhos a rodar, O Lou leva a vida ao peito, Sempre pronto a conquistar. Refrão final Ó Lou, rapaz do Porto, Que não pára de encantar, Com a família ao teu lado, Tens o mundo por ganhar. No campo és vento ligeiro, No estudo és luz a brilhar, E ao som do cavaquinho, Toda a gente vai cantar!

Ao Neto Lourenço

🎵 “Cantiga do Lourenço” – Estilo Minhoto / Popular Portuguesa I Nasceu o Lourenço um dia, lá no Porto à beira-mar, Filho da Elisa e do Daniel, veio o mundo iluminar. Traz nos olhos alegria, como o sol ao madrugar, É menino bem amado, que dá gosto de cantar. Refrão Ó Lou-rinho, meu encanto, Que alegria tens no olhar! Com a concertina ao vento, Toda a aldeia quer dançar. Avô Manuel em festa, Avó Lurdes a abraçar, E a tia-avó Luísa Diz que é anjo a caminhar! II O Lourenço é como um ramo, de loureiro a despontar, Cresce forte, cresce lindo, para o Minho festejar. Quando o chamam ele ri, faz a casa toda vibrar, É tesouro lá de casa, que ninguém quer largar. Refrão Ó Lou-rinho, meu encanto, Que alegria tens no olhar! Com a concertina ao vento, Toda a gente a festejar. Da Elisa vem ternura, Do Daniel firme estar, E os avós lá do Porto Têm orgulho sem parar. III (opcional) Se algum dia for ao Minho, vai o povo a saudar, Levam vinho, levam danças, só p’ra o ver a passar. Que o seu nome é de esperança, que o seu riso faz brilhar, É Lourenço pequenino, mas já sabe encantar. Refrão final Ó Lour-inho, meu encanto, Que alegria tens no olhar! Com a concertina ao vento, Portugal inteiro a dançar. Com Manuel e dona Lurdes, E a Luísa a abençoar, És canção que nasceu linda Para o mundo acompanhar!

Ao Neto Miguel

CANTIGA DO MIGUEL I Nasceu Miguel lá no Porto, Entre luz do rio a brilhar, Filho da Luísa e do António, Veio ao mundo pra cantar. II Cresceu com carinho e festa, Doce amor que nunca falhou, Da avó Lurdes tão sábia, E do avô Manuel que o embalou. Refrão Ó Miguel, rapaz do Porto, Tens no peito um coração fiel. Levas contigo a tua gente, És orgulho da família, Miguel! III E nunca falta quem o guie, Na memória sempre está, A tia-avó Luísa, Que o abraça mesmo longe de lá. IV Entre histórias e saudades, Vai crescendo passo a passo, Com raízes bem profundas E o futuro aberto no abraço. Refrão Ó Miguel, rapaz do Porto, Tens no peito um coração fiel. Levas contigo a tua gente, És orgulho da família, Miguel!

quarta-feira, 19 de novembro de 2025

Ao Rio Peio

“Pelo Vale do Rio Peio” (Letra original – estilo tradicional minhoto) I Corre o Rio Peio leve, entre rochedos a correr, Canta histórias de Bucos que ninguém pode esquecer. Vai beijando os moinhos, velhos guardas do lugar, Que moeram mil saudades que o povo veio guardar. Refrão Ó Rio Peio, meu rio irmão, Levas segredos na tua mão. Entre sombras de amieiros tens o céu por companhia, E o coração de Bucos bate ao ritmo da tua água fria. II Pelas Pontes de Santa Maria e das Bouças a passar, O rio leva o gado ao vale, tão sereno a ruminar. Pelas vessadas antigas, que o suor soube cultivar, Ecoam vozes antigas que não deixam de chamar. Refrão Ó Rio Peio, meu rio irmão, Levas segredos na tua mão. Entre sombras de amieiros tens o céu por companhia, E o coração de Bucos bate ao ritmo da tua água fria. III No Poço do Capitão a água dança devagar, E no Poço do Carvalho o tempo gosta de parar. Pelos açudes de Cernadas o rio aprende a sonhar, Entre as pedras e raízes que o vale veio abraçar. Refrão final Ó Rio Peio, meu rio irmão, Levas segredos na tua mão. De Bucos até Casares és cantiga noite e dia, E o povo de Bucos vive ao som da tua melodia.

A Casa de Sanhoane de Riba

A Casa de Sanhoane de Riba de Bucos, situada junto ao cruzeiro de pedra, constitui um ecomuseu familiar que preserva o legado das famílias Delgado, Henriques e Braz. Enquadrada entre as majestosas montanhas da Cabreira e da Serra, a propriedade oferece uma vista panorâmica sobre a planície, onde serpenteiam os riachos do Peio e de Pertessouto. Este espaço museológico representa não apenas a memória das linhagens que o habitaram, mas também a simbiose entre o património construído e a paisagem natural envolvente, testemunhando séculos de história local.

Poema Canção 🪕 Dedilhado para Cavaquinho – Estilo Tradicional Minhoto

🪕 Dedilhado para Cavaquinho – Estilo Tradicional Minhoto ✔ Afinação D – G – B – D (grave → aguda) ✔ Padrão de dedilhado recomendado Em compasso 3/4, um padrão clássico é: P – i – m (polegar → indicador → médio) Aplicado às cordas: P = corda D grave i = corda G m = corda B ou D aguda (dependendo da melodia) Este padrão cria o “andar” típico das modas tradicionais do Minho: suave, redondo, regular. 🎵 Aplicação do dedilhado na melodia Vou aplicar nos primeiros 4 compassos, para mostrar como funciona. (Depois posso gerar o PDF completo com tudo anotado.) Compasso 1 (B A) Melodia acontece na corda B, por isso o dedilhado complementa: Melodia: B |--3--2--- G |--------- D |--------- Dedilhado sugerido: m m i P Como tocar: P toca a corda D grave no 1º tempo (base do compasso) i dedilha a corda G no 2º tempo m toca a nota da melodia no 3º tempo No ornamento seguinte, manter dedo m na corda B Compasso 2 (G B) Melodia alterna: G → B Dedilhado: Melodia: B |-----3--- G |--0------ D |--------- Dedilhado: i m P P na corda D (tempo 1) i toca a nota G (tempo 2) m toca a nota B (tempo 3) Compasso 3 (D5 C5 A4) Aqui a melodia está toda na corda D aguda, por isso o dedilhado é m–m–m: D aguda |--5--4--2-- G |----------- D grave |----------- Dedilhado: m m m i P P → D grave i → G “de apoio” m → segue a melodia Compasso 4 (D5 B4) D |--5--------- B |-----3------ G |------------ D |------------ Dedilhado: m m i P 🎸 RESUMO DO PADRÃO A cada compasso (3/4): 1️⃣ P toca a corda grave 2️⃣ i toca a corda G (nota de apoio) 3️⃣ m toca a nota da melodia → Se houver mais notas → m repete Este é o padrão mais usado no cavaquinho minhoto para acompanhamentos melódicos tradicionais.

Poema Canção 🪕 TABLATURA – Casa de Sanhoane de Riba

🪕 TABLATURA – Casa de Sanhoane de Riba para cavaquinho Afinação: D–G–B–D Tom: G Andamento: 3/4 Estrofe I Compasso 1 – (B A) D |-------------| B |--3--2-------| G |-------------| D |-------------| Compasso 2 – (G B) D |-------------| B |--0--3-------| G |-------------| D |-------------| Compasso 3 – (D5 C5 A4) D |--5--4-------| B |--------2----| G |-------------| D |-------------| Compasso 4 – (D5 B4) D |--5---------| B |-----3------| G |------------| D |------------| Compasso 5 – (E5 D5 B4) D |--7--5------| B |-------3----| G |------------| D |------------| Compasso 6 – (C5 A4) D |--4---------| B |-----2------| G |------------| D |------------| Compasso 7 – (B4 G4) D |------------| B |--3--0------| G |------------| D |------------| Compasso 8 – (A4 D5) D |------5-----| B |--2---------| G |------------| D |------------| Compasso 9 – (C5 B4 A4) D |--4---------| B |-----3--2---| G |------------| D |------------| Compasso 10 – (G4 A4 C5) D |--------4---| B |--0--2------| G |------------| D |------------| Compasso 11 – (D5 C5) D |--5--4------| B |------------| G |------------| D |------------| Compasso 12 – (B4) D |------------| B |--3---------| G |------------| D |------------| Refrão (O refrão repete exatamente a mesma melodia da estrofe I → portanto a tablatura é igual aos compassos 1–12 acima) Estrofes II e III Também repetem a mesma linha melódica, mantendo a coerência da cantiga minhota.

Poema canção🎼 Partitura (Melodia) em Notação ABC

🎼 Partitura (Melodia) em Notação ABC Tom: G Andamento: ~95 bpm Estilo: Cantiga minhota lenta Esta melodia segue a linha sugerida pela métrica da letra e pelas harmonias que criámos. Pode copiar e colar num editor ABC para obter a partitura em pentagrama. X:1 T:Casa de Sanhoane de Riba C:Manuel Braz / ChatGPT M:3/4 L:1/4 Q:1/4=95 K:G %% Estrofe I "G" B2 A | G2 B | "D" d c A | d2 B | "Em" e d B | "C" c2 A | "G" B2 G | "D" A2 d | "C" c B A | G A c | "D" d2 c | B2 z | %% Refrão "G" d d B | "D" A2 d | "Em" e d B | "C" c2 A | "D" d2 c | "G" B2 G | "D" A2 d | "C" c B A | "D" d2 c | B2 z | %% Estrofe II (mesma melodia da I) "G" B2 A | G2 B | "D" d c A | d2 B | "Em" e d B | "C" c2 A | "G" B2 G | "D" A2 d | "C" c B A | G A c | "D" d2 c | B2 z | %% Estrofe III (idem) "G" B2 A | G2 B | "D" d c A | d2 B | "Em" e d B | "C" c2 A | "G" B2 G | "D" A2 d | "C" c B A | G A c | "D" d2 c | B2 z |

Poema Canção 🎵 Casa de Sanhoane de Riba – Cavaquinho (Cifras)

🎵 Casa de Sanhoane de Riba – Cavaquinho (Cifras) Tom: G I G Na Rechã de Sanhoane, onde a serra abre o Dolhar, Em Ergue-se a Casa antiga que o tempo não sabe Capagar. G Cruzeiro aos seus pés dormindo, guardião do povo e Dda fé, C E a água clara da fonte diz histórias que só ela Dé que lê. Refrão G Ó Casa de Sanhoane de DRiba, memória do nosso Emchão, C Ecomuseu de família, raiz firme do Dcoração. G Entre Henriques e gerações, vai passando o mesmo Dlume: C Herança feita de pedras, que a saudade nunca Dconsome. II (mesma harmonia do I) (refrão) III (mesma harmonia do I) (refrão final)

Poema e canção🎶 Acordes de Cavaquinho (Afinação D–G–B–D)

🎶 Acordes de Cavaquinho (Afinação D–G–B–D) Formação dos acordes (● = dedo; 0 = corda solta) G (Sol maior) D | 2 B | 3 G | 2 D | 0 D (Ré maior) D | 0 B | 2 G | 2 D | 0 Em (Mi menor) D | 2 B | 3 G | 3 D | 0 C (Dó maior) D | 0 B | 1 G | 0 D | 2

Poema e canção à Casa de Sanhoane de Riba — Cifras para Guitarra

🎸 Casa de Sanhoane de Riba — Cifras para Guitarra Tom sugerido: G (Sol maior) Andamento: lento a moderado (90–100 bpm) Estilo: balada tradicional minhota, ar pastoral I G Na Rechã de Sanhoane, onde a serra abre o Dolhar, Em Ergue-se a Casa antiga que o tempo não sabe Capagar. G Cruzeiro aos seus pés dormindo, guardião do povo e Dda fé, C E a água clara da fonte diz histórias que só ela Dé que lê. Refrão G Ó Casa de Sanhoane de DRiba, memória do nosso Emchão, C Ecomuseu de família, raiz firme do Dcoração. G Entre Henriques e gerações, vai passando o mesmo Dlume: C Herança feita de pedras, que a saudade nunca Dconsome. II G Por dentro das tuas portas vive o eco de quem Dpartiu, Em Mãos antigas que moldaram o destino que ali Cfloriu. G Cada canto é uma lembrança, cada viga um testemuDnho, C Do património que cresce quando é guardado com Dorgulho. (refrão) III G Quando o vento da Cabreira sopra brando pelo Dvale, Em Parece trazer um canto que o povo nunca esquece e Cembala. G E ali, na fonte antiga, bebe a alma para ser Dviva, C Porque quem guarda a sua história, guarda a terra onde sempre Dfica. (refrão final)

Poema e canção à Casa de Sanhoane de Riba

Casa de Sanhoane de Riba I Na Rechã de Sanhoane, onde a serra abre o olhar, Ergue-se a Casa antiga que o tempo não sabe apagar. Cruzeiro aos seus pés dormindo, guardião do povo e da fé, E a água clara da fonte diz histórias que só ela é que lê. Refrão Ó Casa de Sanhoane de Riba, memória do nosso chão, Ecomuseu de família, raiz firme do coração. Entre Henriques e gerações, vai passando o mesmo lume: Herança feita de pedras, que a saudade nunca consume. II Por dentro das tuas portas vive o eco de quem partiu, Mãos antigas que moldaram o destino que ali floriu. Cada canto é uma lembrança, cada pedra um testemunho, Do património que cresce quando é guardado com orgulho. Refrão Ó Casa de Sanhoane de Riba, memória do nosso chão, Ecomuseu de família, raiz firme do coração. Entre Henriques e gerações, vai passando o mesmo lume: Herança feita de pedras, que a saudade nunca consume. III Quando o vento da Cabreira sopra brando pelo vale, Parece trazer um canto que o povo nunca esquece e embala. E ali, na fonte bendita, bebe a alma para ser viva, Porque quem guarda a sua história, guarda a terra onde sempre fica. Refrão Ó Casa de Sanhoane de Riba, és o nome do nosso lar, Património que resiste e que pede para preservar. Família Henriques contigo, lado a lado a vida inteira, És o coração de Bucos, luz antiga que nunca ceira.

terça-feira, 18 de novembro de 2025

A História da Casa de Sanhoane de Riba

Uma História, uma Casa e uma Família Há casas que não são apenas paredes. São raízes abertas na terra, ancoradas no tempo, erguidas pelo labor e pela memória de quem ali viveu. A Casa de Sanhoane é uma dessas casas — não apenas pedra sobre pedra, mas um livro antigo, escrito por gerações que passaram, deixaram marcas, e seguiram adiante para que outros pudessem continuar. Dizem as memórias paroquiais que tudo começa, ou pelo menos começa a ser lembrado, com o casamento de Simão Delgado e Margarida Francisca, em 18 de junho de 1677. Ela surge descrita como “da Casa de Sanhoane”, como se a casa fosse parte do seu nome, da sua identidade, da sua própria pele. A casa já existia antes deles — talvez mais modesta, talvez mais rústica — mas é com esta união que ela entra na história escrita, que se fixa nos livros, que ganha rosto. Simão morre em 1710 — e ali as escrituras silenciam o nome da casa. Mas não o apagam. No mesmo ano aparece António Delgado, “da Casa de Sanhoane”, a continuar a linhagem, como se a casa fosse um fôlego que passava de geração para geração, sempre vivo, sempre presente. Por fora, a casa mantinha-se humilde e firme: pedra granítica, eira ampla que refletia o sol das colheitas, alpendre que acolhia conversas e descanso, e a escadaria de vinte degraus que levava ao andar superior, onde as janelas observavam o mundo com a mesma paciência de quem espera que o tempo conte a sua história. À frente, um cruzeiro, como tantos na serra, marcava a entrada — talvez um sinal de proteção, talvez um testemunho de fé, talvez apenas um ponto de encontro entre vivos e mortos, passado e futuro. A sala, virada para a eira, era o coração da casa: era ali que se partilhava o pão, as histórias, as dificuldades e as alegrias. Ali se discutiam casamentos, colheitas, invernos rigorosos, e as idas e vindas de quem procurava trabalho longe. Nos quartos, duas janelas deixavam entrar o frio da serra e a claridade dos dias. Do hall, outra janela vigiava discretamente o alvorecer sobre Bucos. Geração após geração, muitos passaram por aqueles degraus. Uns ficaram, outros partiram. Mas todos levaram consigo um pedaço da casa, e todos deixaram nela um pedaço de si. Hoje, a Casa de Sanhoane continua — não apenas na pedra, mas na memória familiar, no orgulho de quem sabe de onde veio, e no esforço de preservar o que sempre foi mais do que património: foi e é identidade.

segunda-feira, 17 de novembro de 2025

"Pelo S Martinho comem se castanhas e prova se o vinho"

Pelo São Martinho, as casas da aldeia enchem-se de movimento. O povo reúne-se para celebrar a tradição, assando castanhas no lume crepitante. O aroma característico mistura-se com o do vinho novo, acabado de provir da vindima. Os aldeãos aguardam com expectativa este momento, ansiosos por saborear a primeira pinga da nova colheita. É um ritual antigo que marca a passagem do tempo e a generosidade da terra. À volta das brasas, partilham-se histórias enquanto se prova o vinho, fortalecendo os laços comunitários nesta época de abundância.

Freguesia de Bucos, Concelho de Cabeceiras de Basto

Descubra a maravilhosa Freguesia de Bucos! Bucos, uma freguesia encantadora no concelho de Cabeceiras de Basto, aninhada no sopé da majestosa Serra da Cabreira. Esta aldeia montanhosa é um tesouro escondido. Formada pelos pitorescos lugares de Vila Boa, Carrazedo, Casares e Além do Rio, Bucos acolhe cerca de 500 habitantes num ambiente de pura autenticidade. Encante-se com as suas inúmeras casas ancestrais, cheias de histórias e tradições familiares. A sua bela Igreja Paroquial de São João Batista de Bucos é um marco de devoção e beleza arquitetónica. Uma joia rural que cativa todos os visitantes!

Eventos de Casamentos e Reuniões Familiares da Casa de Sanhoane de Riba

Que alegria mergulhar nas memórias da Casa de Sanhoane de Riba! Desde 1677, esta casa encantadora é palco de celebrações que aquecem o coração. Pelas Memórias Paroquiais da Igreja de São João Batista de Bucos, testemunhamos casamentos emocionantes e reuniões familiares inesquecíveis! As famílias Delgado,Francisco, Henriques, Oliveira, Domingues, Alvarez, Gomes, Fernandes,Basto, Vieira, Gonçalves e Braz entrelaçaram suas histórias aqui, criando uma tapeçaria de amor e tradição. Cada união, cada encontro, ecoa através dos séculos, celebrando laços que o tempo não apaga. Que legado vibrante e inspirador, uma verdadeira festa da vida que continua a brilhar!

Hino a Bucos

“Canção a Bucos” (1.ª Estrofe) No sopé da Cabreira desperta o luar, Entre montes antigos que sabem cantar. Corre o rio Peio, menino a nascer, Trazendo histórias do povo a crescer. (Refrão) Ó Bucos, terra que guarda o vento, Do tempo antigo, do firmamento. Entre Vila Boa, Carrazedo e Casares a florir, És o lar da saudade que vive em mim a seguir. (2.ª Estrofe) Ponte da Pereira, de pedra a guardar Os passos de outrora que voltam no ar. E lá mais acima, a veiga a brilhar, Casas de memórias que o sol vem beijar. (Refrão) Ó Bucos, terra que guarda o vento, Do tempo antigo, do firmamento. Entre Vila Boa, Carrazedo e Casares a florir, És o lar de saudades que vive em mim a seguir. (Ponte) Igreja de São João Batista a tocar, Sinos que acordam o povo ao luar. Ecoam na serra, chamando união, Bucos é raiz, é casa, é coração. (Refrão Final) Ó Bucos, terra que guarda o vento, Do tempo antigo, do firmamento. Entre Vila Boa, Carrazedo e Casares a florir, És o lar da saudade que vive em mim a seguir.

Adaptação da letra "Hino Casa de Sanoane de Cima"com colocação rítmica sugerida

Adaptação da letra com colocação rítmica sugerida (não é partitura, mas guia de canto com acento natural) I G No co-ra-ção de Bu-cos Em há me-mó-rias a can-tar, C Ca-sa de Sa-no-a-ne, D on-de o tem-po vem pou-sar. G E-co-mu-seu da vi-da, Em das mãos que a-li so-nha-ram, C E-cos de ou-tras e-ras D que ja-mais se a-pa-ga-ram. Refrão G Ó Ca-sa de Sa-no-a-ne, D guar-di-ã do nos-so chão, Em Lar de tan-tas his-tó-rias, C fé, fa-mí-lia e tra-di-ção. G En-tre Del-ga-do e Hen-ri-ques, D e o Hen-ri-ques Braz tam-bém, C Vi-ve o no-me, vi-ve a gen-te, D vi-ve o que a ca-sa tem.

Letra do HINO da Casa de Sanoane de Bucos, Ecomuseu Familiar

CASA DE SANOANE de BUCOS (Letra original – estilo cantiga tradicional minhota/romance) I No coração de Bucos há memórias a cantar, Casa de Sanoane, onde o tempo vem pousar. Ecomuseu da vida, das mãos que ali sonharam, Ecos de outras eras que jamais se apagaram. Refrão Ó Casa de Sanoane, guardiã do nosso chão, Lar de tantas histórias, fé, família e tradição. Entre Delgado e Henriques, e o Henriques Braz também, Vive o nome, vive a gente, vive o que a casa tem. II Nos muros de granito, cada pedra é um segredo, Da Ordem de São João Batista, cruz de força e de enredo. Ali nasceram risos, promessas e casamentos, Bendita casa antiga, cheia de novos momentos. Refrão Ó Casa de Sanoane, guardiã do nosso chão, Lar de tantas histórias, fé, família e tradição. Entre Delgado e Henriques, e o Henriques Braz também, Vive o nome, vive a gente, vive o que a casa tem. III E nos serões de inverno, quando o lume acendia, Contavam-se as histórias que o passado repartia. E hoje quem lá passa sente o peito a estremecer, Pois ali mora a memória que não quer desaparecer. Refrão (final) Ó Casa de Sanoane, és raiz e és coração, Eco antigo de Bucos, orgulho desta região. Entre Delgado e Henriques, e o Henriques Braz também, vive o nome, vive a gente, vive o que a casa tem.

sábado, 15 de novembro de 2025

Eventos em 1747 e 1947

CASAMENTO, Em 1747 na Igreja de Bucos, realizou-se o casamento de João Delgado da Casa de Sanhoane de Riba, com Ana Domingues, sem data, referido nas memórias paroquiais. Nascimento, Em 1947, no dia 7 de março, nasceu na Casa da Pereira Manuel de Oliveira Henriques Braz, atual proprietário da Casa de Sanoane de Cima. CURIOSIDADE, Em 1847, habitava a Casa de Sanhoane de Riba António Henriques Basto casado com Luisa Fernandes, que tinham casado, segundo as memórias paroquiais em 1844