" Da parte do Poente vem outro rio com o curso mais sereno que tem o seu princípio no lugar de Carrazedo desta freguesia e no de Figueiró do Monte da freguesia de Santa Maria de Aboim em suas humildes fontes que murmurando das ásperas terras por onde passam se vão conduzindo pela mesma parte do Norte até se irmanarem com outro rio que vem da serra da Maçã que a poucos passos se sepultam nas correntes do rio de São Nicolau aonde de todo perdem o nome.
Ambos criam peixes, trutas e escalos que suposto são pequenos no corpo são grandes no gosto cuja pescaria é livre a toda a pessoa. As suas margens são cultivadas pelos seus nacionais e produzem os frutos que acima fica dito. Deste rio que corre à parte do Norte se chama rio de Moinhos.
Terão ambos de distância cada um três quartos de légua. Não é navegável nem o limitado das suas águas pode admitir embarcação por pequena que seja. Tem este rio da parte do Norte uma ponte de pau em um sitio chamado Casares que é na estrada real que vai desta freguesia para a cidade de Braga e dela para este termo de Basto e toda a Província de Trás-dos-Montes que pela muita gente a que dá passagem devia ser feita de esquadria por ser estrada muito publica e frequentada.
Tem mais outros passadiços em várias partes feitos em uma só trave de pau por onde passa gente de pé e por barcos e de pouca apreensão os não descrevo. Tem estes rios ambos bastantes moinhos em que os lavradores moem o seu pão. Das suas águas usam livremente os lavradores para as suas agriculturas. E não acho nestes rios coisa mais notável nem na terra nem nas serras de que se possa fazer apreensão que aqui não vá descrevido [sic]. Passa tudo na verdade.
São João Batista de Bucos, vinte e dois de maio de mil e setecentos e cinquenta e oito.
António Alves Teixeira que o subscrevi e assinei e vigário António Alves Teixeira. E reitor Domingos Camelo de Sousa. O vigário João Ferraz Ribeiro.
Ambos criam peixes, trutas e escalos que suposto são pequenos no corpo são grandes no gosto cuja pescaria é livre a toda a pessoa. As suas margens são cultivadas pelos seus nacionais e produzem os frutos que acima fica dito. Deste rio que corre à parte do Norte se chama rio de Moinhos.
Terão ambos de distância cada um três quartos de légua. Não é navegável nem o limitado das suas águas pode admitir embarcação por pequena que seja. Tem este rio da parte do Norte uma ponte de pau em um sitio chamado Casares que é na estrada real que vai desta freguesia para a cidade de Braga e dela para este termo de Basto e toda a Província de Trás-dos-Montes que pela muita gente a que dá passagem devia ser feita de esquadria por ser estrada muito publica e frequentada.
Tem mais outros passadiços em várias partes feitos em uma só trave de pau por onde passa gente de pé e por barcos e de pouca apreensão os não descrevo. Tem estes rios ambos bastantes moinhos em que os lavradores moem o seu pão. Das suas águas usam livremente os lavradores para as suas agriculturas. E não acho nestes rios coisa mais notável nem na terra nem nas serras de que se possa fazer apreensão que aqui não vá descrevido [sic]. Passa tudo na verdade.
São João Batista de Bucos, vinte e dois de maio de mil e setecentos e cinquenta e oito.
António Alves Teixeira que o subscrevi e assinei e vigário António Alves Teixeira. E reitor Domingos Camelo de Sousa. O vigário João Ferraz Ribeiro.
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