sexta-feira, 6 de abril de 2018

MOSTEIRO DE SÃO MIGUEL DE REFOJOS

Mosteiro de São Miguel de Refojos de Basto

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Mosteiro de São Miguel de Refojos de Basto
Mosteiro de São Miguel de Refojos: Vista lateral
Mosteiro de São Miguel de Refojos de Basto, também referido como Convento de Refóios, localiza-se na freguesia de Refojos de Basto, concelho de Cabeceiras de Bastodistrito de Braga, em Portugal.[1]

História[editar | editar código-fonte]

O primeiro documento relativo ao Mosteiro data de 1122. Pouco mais tarde, em 1131D. Afonso Henriques concedeu carta de couto ao mosteiro.[1]
As obras do atual edifício tiveram início em 1755, sendo acordadas entre o arquiteto bracarense André Soares e o então abade, Frei Francisco de São José. Na fase final das obras registou-se a chegada ao mosteiro de Frei José de Santo António Vilaça, que ali trabalhou de 1764 a 1770.[1]
Com a extinção das ordens religiosas (1834), o Estado alienou o imóvel.
O conjunto da igreja e sacristia encontra-se classificado como Imóvel de Interesse Público desde 31 de Agosto de 1933.[1]

Características[editar | editar código-fonte]

A Igreja do Mosteiro é toda de estilo Barroco. São de realçar as seguintes partes da Igreja:
  • Ala exterior em forma de varandim, tendo ao fundo, em nicho, a imagem de S. Miguel, e onde se celebrava missa campal no dia do padroeiro, S. Miguel, dia 29 de Setembro, em que o povo enchia toda a Alameda do Convento, hoje Praça da República.
  • Figuras demoníacas, máscaras e também conhecidas por carrancas colocadas dos dois lados interiores logo a seguir à entrada da Igreja.
  • Órgão duplo nas duas laterais, sendo um mudo.
  • Dois púlpitos em castanho, pintados, em imitação de mármores e parcialmente dourados (data: 1777/1780). Pintados e dourados em 1786/1789. Gradeamento em pau ébano.
  • Capela do Santíssimo Sacramento em castanho pintado e dourado (data: 1780/1789) – com dois anjos tocheiros de madeira estofada, e o Santo Cristo da Capela do SS. Sacramento em castanho estofado (data: 1783/1786?).
  • Altar-Mor com credencia. Do esplendor da talha são de salientar alguns efeitos especiais, como a orla de “chamas” do pináculo da obra, as fitas de folhas cingindo as molduras convexas e o formoso festão de margaridas e rosas no remate da portada. A Capela do Altar-Mor é em castanho dourado (1764/1767). Dourada em 1780/1783, a Capela e o Altar-Mor foram concebidos por Frei José de Santo António.
  • A Sacristia seiscentista, hoje Núcleo Museológico, possui, além de outros elementos de interesse, um arco inclinado, único nos monumentos do país, quatro espelhos em castanho (1767/1770) e dois contadores da mesma data. Os espelhos foram baseados num modelo inglês.
  • Claustros com elegantes colunas de pedra e ao centro com uma taça também de granito.
  • Zimbório em circunferência e rodeado por uma varanda interior e exterior e tendo ainda as esbeltas estátuas dos doze apóstolos, em tamanho natural e no remate, a do arcanjo São Miguel, rodeada por outra varanda. Dos 29 mosteiros Beneditinos existentes em Portugal, é o único que possui um zimbório.
  • As cadeiras do Coro são em castanho (1767/1770) do qual consta o cadeiral, as sanefas e as portas das portadas, assim como, três sanefas dos janelões. O grande cadeiral foi composto em dois andares com 45 assentos em forma de U com cadeira do D. Abade no centro, segundo a tradição beneditina.
  • A igreja possui ainda uma mísula com a imagem de S. Miguel Arcanjo (data: 1767/1770).

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